Perfil
Quem é a primeira deputada ítalo-brasileira eleita pelo colégio eleitoral da América do Sul
- 1979
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Renata Bueno nasceu na capital brasileira, Brasília, em 10 de novembro de 1979. Filha de Rubens Bueno e Rosemaria Eitelwein Bueno, tem dois irmãos e é a filha do meio.
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Pelo lado da avó paterna descende da família Brustolin, de Nervesa della Battaglia – província de Treviso, na Região do Vêneto. Na foto, Alberto Brustolin - Bisavô paterno
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Pelo lado do avô paterno, descende da família Baise, de Vagli Sotto, localizada na Garfagnana – província de Lucca, Toscana.
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Ambas migraram para o país tropical no final de 1800 e início de 1900, participando desta grande história da imigração italiana no sul do Brasil.
- 1990
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Desde cedo seguiu os passos do pai, Rubens Bueno, político paranaense, Deputado Federal pelo Partido Popular Socialista (PPS) e atualmente líder do Grupo Parlamentar Brasil-Itália. Militante partidária desde os 16 anos, sempre acompanhou a vida pública de seu pai e coordenou vários projetos políticos.
- 2001
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Tornou-se Bacharel em Direito pela Universidade Tuiuti do Paraná. Daí para frente, o sangue político aliado à vontade de aperfeiçoamento em leis estrangeiras falou mais alto e Renata, com dupla cidadania, foi para Itália atrás de seus sonhos.
- 2003
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Especializou-se em Diritti Umani e Dialogo Interculturale nella Università Degli Studi di Padova.
- 2006
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Quando retornou da Itália para o Brasil concorreu ao cargo de Deputada Federal.
- 2008
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Em 2008 se tornou Mestre in Diritto Dell”Integrazione e Unificazione del Diritto nel Sistema Giuridico Romanistico – Diritti Europei e Diritto Lattino Americano na Università degli Studi di Roma “Tor Vergata”. Foi eleita vereadora na Câmara Municipal de Curitiba.
- 2009
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Seu primeiro mandato como vereadora iniciou em 1º de janeiro. Seu trabalho foi pautado na defesa dos Direitos Humanos e na propagação de cultura com o intuito de formar verdadeiros cidadãos. É precursora do Prêmio Internacional Jovem da Paz, em Curitiba. Como vereadora, criou a emenda na Lei Orgânica para instituir a Comissão Municipal de Direitos Humanos de Curitiba. Neste ano atuou em missão de paz na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra. Foi ainda conferencista com participação em missões e eventos no Brasil, Itália, Argentina, Venezuela, Paraguai, Uruguai, Chile, Alemanha e China. Um dos pontos altos da sua vereança foi contra a corrupção na Câmara de Vereadores de Curitiba.
- 2010
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Foi membro da Comissão de Gestão Pública da OAB/PR, Conselheira da Diretoria do Conselho da Mulher Executiva (CME) da Associação Comercial do Paraná (ACP), é membro do Instituto dos Advogados do Paraná (IAP) e diretora da Fundação Astrogildo Pereira de Estudos Políticos (FAP). Entre as atividades desenvolvidas como vereadora em Curitiba destacou-se com o projeto “Cidadão do Futuro”, realizado mensalmente com a participação de estudantes de ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas. No Legislativo Municipal presidiu a Comissão Especial de Direitos Humanos da Câmara e participou das comissões de Legislação, Justiça e Redação, Especial da Copa do Mundo 2014 e foi Relatora de Revisão da Lei Orgânica de Curitiba.
- 2011
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Renata combateu firmemente o caso do ex-presidente da Câmara, João Claudio Derosso (PSDB), após uma série de denúncias envolvendo irregularidades nos contratos de publicidade da Casa.
- 2012
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Em quatro anos de mandato como vereadora, destinou mais de R$ 1 milhão para a cultura e educação e criou o Grupo Parlamentar Curitiba/Itália. Articulou o acordo de intercâmbio entre a Universidade Federal do Paraná e a Universidade “Tor Vergata”, de Roma, que viabilizou diversos programas nas áreas de Medicina, Fisioterapia, Educação Física e Direito. Um dos projetos foi o de Codificação de Leis, que trouxe uma dezena de professores e estudantes à capital curitibana. As discussões geraram o Seminário “Estudos avançados de codificação municipal – Consolidação das Leis do Município de Curitiba”, que aconteceu na Universidade Federal do Paraná e na sede da OAB/PR. Dentre os homenageados, juristas e professores do Brasil, Argentina e Itália. Idealizadora da Virada Cultural de Curitiba, inspirada na “Notte Bianca” de Roma, Renata é madrinha da Festa Mia Cara Curitiba, em homenagem à cultura italiana no Brasil.
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Em dezembro, como já participava da política italiana junto ao Partido Democrático foi convidada pelo ex-senador Edoardo Pollastri (in memoriam) a participar da lista USEI (Unione Sudamericana Emigrati Italiani) para concorrer às eleições ao Parlamento Italiano. Renata é responsável por um diálogo aberto entre Itália, Brasil e demais países da América do Sul. Ela representa legitimamente a “voz” de cada cidadão que tem na Itália suas raízes.
- 2013
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Em fevereiro, elegeu-se com mais de 20 mil votos como a primeira brasileira nata com dupla cidadania a ter um mandato na Itália. Tomou posse em 13 de março, fazendo parte da Comissão “Affari Esteri e Comunitari". Como parlamentar trilha caminhos políticos internacionais, luta pelos direitos das mulheres, é contra o racismo e é a favor de que cidadãos condenados sejam transferidos ao seu país de origem.
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Sua principal bandeira como deputada ítalo-brasileira é representar os italianos que moram na América do Sul (principalmente os duplos cidadãos que vivem na circunscrição). Renata é responsável por um diálogo aberto entre Itália, Brasil e demais países da América do Sul. Ela representa legitimamente a “voz” de cada cidadão que tem na Itália suas raízes.
- 2014
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Foi nomeada Presidente da Sessão Bilateral Itália-Brasil (UIP). Fez parte do Comitê Permanente de Direitos Humanos.
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Renata Bueno leva do Brasil à Itália a Lei Rouanet, hoje art. N. 1 da cultura italiana. Lei esta que possibilitou a recente reforma do Coliseu, principal monumento italiano.
- 2015
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Em Roma, no Palácio Montecitorio, Renata Bueno tornou-se líder parlamentar no terceiro ano de mandato, quando assumiu a presidência da bancada USEI-IDEA (que nasce no segundo semestre de 2015). Sendo também atualmente vice-presidente do Grupo Misto.
- 2016
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Renata colabora com o escritório de advocacia Pinelli Schifani & Caronia, em Roma, há cinco anos. Auxilia, principalmente, no setor do direito público internacional, área em que tem o título de doutora apela universidade de Tor Vergata.
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Em agosto, foi decisiva na adesão do Brasil na Convenção da Apostila de Haia, que simplificou significativamente os processos de reconhecimento de cidadania italiana aos ítalo-brasileiros.
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Aprovou uma emenda de 2 milhões de euros destinados aos consulados italianos na América do Sul, para que pudessem prestar um melhor serviço à população.
- 2017
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Brasileiros que fizeram graduação ou pós-graduação no exterior levarão menos tempo para validar seu diploma no Brasil. A questão dos títulos de estudo estrangeiros no Brasil foi uma das primeiras batalhas que Renata Bueno assumiu desde o início de seu mandato de parlamentar italiana, em 2013. Ter contribuído para a resolução desta questão é de fundamental importância na relação entre Brasil e Itália.
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Idealizadora do Instituto Cidadania Italiana, para dar assistência aos cidadãos que buscam seus direitos.
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Em 1° de agosto, ainda no Grupo Misto, começa a fazer parte da componente Civici e Innovatori per l'Italia.
- 2018
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Após encerrar seu mandato de parlamentar na Itália inaugurou em novembro de 2018, em conjunto com seu marido Angelo Martiriggiano, e também dos sócios Ricardo Bueno e Bruna Bueno, a Mozzarellart, uma casa de queijos artesanais italianos sediada em Curitiba, que oferece hoje em seu portfólio mais de 10 tipos de queijos artesanais, produzidos todos na loja fábrica. Dentre eles, o carro chefe, uma das receitas mais tradicionais da Itália, a Burrata, cujo preparo conta com 100% de leite de vaca fresco – a forma legítima de produzir.
- 2020
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Se tornou Phd em Diritto Dell”Integrazione e Unificazione del Diritto nel Sistema Giuridico Romanistico – Diritti Europei e Diritto Lattino Americano pela Universitá degli Studi di Roma “Tor Vergata”, onde cursou seu doutorado. A tese "Jurisdição Supranacional”percorre a história do direito Romano, passando pelas várias experiências de efetivas Jurisdições Supranacionais, chegando aos panoramas polêmicos das relações do Mercosul, para a implantação de um órgão jurisdicional realmente capaz de suprir todas as necessidades das relações entre pessoas privadas de países distintos.
- 2021
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Foi convidada a fazer parte da Comissão de Direito Público Romano, do Grupo de Trabalho de Jurisprudência em conjunto com CEISAL- Consejo Europeo de Investigaciones Sociales de América Latina (ONG-Categoria C-UNESCO). A Comissão que se denominou: "Municípios e papel internacional das cidades", se propõem a realizar um trabalho de investigações sobre o ponto de vista do exercício e limitação de poderes e a consequente intenção de formação de vontade pública de cidadania. O trabalho consiste na consolidação de um projeto colegiado de pesquisa, sobre Municípios, a ser definido e desenvolvido coletivamente.